quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Patch Adams and the ironic suicide

Acabei de ver um filme do Robin Williams que aparentemente se suicidou esta semana. Escolhi ver o filme que eu tinha baixado há alguns dias pra ver, mas não tinha encontrado tempo ainda: Patch Adams. Sim, eu nunca tinha visto este filme, embora seja muito bem falado por aí. Achei engraçado o fato de eu ter escolhido um filme velho pra cacete do Robin Williams pra assistir poucas semanas antes de ocorrer a morte dele. Mais curioso ainda é pelo filme tratar de suicídio, dentre outros temas...
O clima do filme não te prepara nem um pouco para a surpresa que é a morte da Carin, ainda mais da maneira “brutal” como ocorreu. Morta por tentar ajudar um paciente, justamente o que Patch a ensinou. Cara, eu não queria estar na mente desse homem quando ficou sabendo do que aconteceu. Eu surtaria em dobro ainda por tudo o que eu já passei. É inimaginável a dor psicológica que ele teve que passar. Assim como é inimaginável a dor que todos passam diariamente enfrentando tudo que é tipo de situação no mundo. Nós tentamos não julgar... Digo, algumas pessoas tentam não julgar, enquanto a maioria julga descaradamente sem nem ao menos olhar pra própria fuça antes. E eu sei que tem horas que não dá pra escapar, do julgamento, do preconceito, das acusações. Somos seres humanos, seres instáveis buscando estabilidade em tudo o que pode se pensar na vida: emprego, amor, finanças, saúde, tudo! Já pensaram em como é contraditória essa questão? A “felicidade” do ser humano se encontra no equilíbrio, yin-yang, Buda, yoga e várias outras coisas pregam isso. Paz, equilíbrio, estabilidade.
Como buscar isso quando nossa mente é tão irracional por dentro, mudando de foco a cada dia, a cada pressão sofrida, a cada fato não esperado, a cada desentendimento? Podemos ser seres evoluídos e inteligentes, mas estamos mais perto da selvageria do que imaginamos. E quando surge uma pessoa um pouco mais equilibrada, estável, em paz ou o que quer que seja essa pessoa é esmagada pelo pensamento do resto do mundo e por todas as personalidades instáveis que existem no mundo afora. Somos influenciáveis demais, e isso nos traz muitos problemas. Uma pessoa ter a mente estável, estar em paz consigo mesma e com o resto do mundo é algo que eu acredito ser inconcebível, ao menos no mundo em que vivemos hoje.
Todos os dias nós tentamos sobreviver e manter a nossa sanidade, em busca de sermos pessoas melhores. Seja para nós mesmos, seja para os outros, seja para ninguém. Há os que não tentam, mas vamos generalizar um pouco pra não perder o foco. Todos os dias buscamos algo em que nos apoiar para seguirmos em frente quando acontece algo ruim e o mundo está desabando sobre nossas costas. Mas a ironia está presente todos os dias também. Seja em uma mulher ser morta pelo primeiro paciente que buscou ajudar quando não acreditava que um homem pudesse ser confiável, seja em um homem que atua em um filme sobre superar os desafios e a dor, debochando de Deus dizendo que ele não merece o suicídio dele, se suicidar.


Nossa luta diária é para nos manter vivos, sãos, confiantes e inabaláveis. Nossa luta diária é contra nós mesmos e a nossa instabilidade, que pode fazer com que um dia supostamente normal tudo dê errado e mexa com o nosso psicológico de tal forma, que nos obriga a buscar uma saída. E quando não há saída, é o fim... Não é?
quinta-feira, 24 de abril de 2014

A teoria do desafio (Auto-infligido)

Hoje estava divagando sobre a vida e deixando minha imaginação fluir em pensamentos e imagens de possíveis situações agradáveis de um futuro desejado por mim quando comecei a unir diversos pensamentos e formulei um questionamento a mim mesmo: E se eu nunca tiver amado a ninguém? E se eu for uma pessoa que ama apenas a mim mesmo, sem realmente me preocupar com o restante do universo? O egoísta supremo? Quando uno esse pensamento a certos aspectos ele me parece verdadeiro. Isso explicaria o porquê de eu conseguir esquecer duas pessoas que supostamente eu amava, e eram insubstituíveis em minha vida na minha mente. Isso explicaria o porquê eu estou sobrevivendo a ausência da pessoa que eu amo no momento. Isso explicaria muita coisa não? 

Então eu pensei por um momento que, se fosse assim eu buscaria coisas que me satisfizessem, e não coisas que me fariam sofrer, mas aí deixaria de fazer sentido então eu mudei a linha de pensamento para a seguinte: E se a satisfação para o meu ego for justamente passar por toda essa dificuldade e sair vitorioso no final? Faz sentido o sofrimento agora, não? 

É claro que, se tudo o que eu fiz foi apenas para desafiar, divertir, apaixonar e entreter a mim mesmo, eu posso ser considerado demente, maluco, doente mental e o que mais possa expressar isso, mas não deixa de ter um fundo de sentido. 

E se a humanidade estiver cheia de pessoas assim?
E se todos forem assim?
Isso justificaria tudo o que acontece no mundo? Uma eterna batalha pra satisfazer as nossas necessidades pessoais. Do tipo "Eu luto pra conquistar a sua atenção pra me satisfazer", ou melhor ainda: "Eu luto pra conquistar a sua vontade de me ter também para que assim possamos nos satisfazermos juntos".

Faz algum sentido?

Não consigo imaginar o que se passaria na mente dos suicidas se isso for mesmo verdade. Teria sido o desafio auto-imposto em um nível ao qual não se é possível superar ou suportar? Ou seria um caso em que já se viveu o que se quis e nada mais no mundo lhe parece desafiador o suficiente ou interessante o suficiente para atrair sua vontade? Então você se mata porquê não tem mais interesse em viver, acabaram os motivos. 

Ao mesmo tempo, cada um pode querer viver um desafio diferente, por isso existem pessoas que conseguem o que querem mais facilmente que outras. Mentes diferentes, objetivos diferentes, desafios diferentes.

Interessante não?

Outra situação: já que dizem que usamos menos de 1/4 da capacidade de nosso cérebro, e se um dia todos nós vivemos em uma utopia onde cada pessoa tinha tudo o que queria, e de tão monótono e entediante que esse mundo era, nosso cérebro resolveu limitar suas capacidades e impor todos os desafios e dificuldades da vida a si próprios para dar um pouco mais de emoção em tudo.

É uma viagem beeeeeem louca pensar assim não é? E o cúmulo do egoísmo também. Mas me diz aí se não tem um mínimo de sentido nessa teoria? kkkkkkk.

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Eu estava super afim de fazer um texto novo pro meu blog, queria conseguir organizar novamente meus pensamentos a ponto de conseguir expressá-los aqui de uma forma que eu ficasse satisfeito com a leitura de meu próprio texto. Tinha pensado em algo super sério, até deprimente como a maioria dos meus textos são. No final, o que consegui foi isso, uma brisa eterna de uma mente que não tem mais nada pra fazer da vida a não ser arrumar teorias malucas pra tentar se distrair do que faz mal lembrar. Acho que eu to tentando é fugir da depressão no final das contas!
domingo, 16 de fevereiro de 2014

Falta eu(?)

Me falam "Nossa, você ainda tá nessa?" como se fosse a coisa mais natural do mundo eu esquecer assim, do dia pra noite não é?

Não, não é. Vai fazer 1 ano já, dependendo do ponto de vista já fez mais de um ano que eu não tenho uma boa noite de sono, que eu não tenho um dia animador, faz mais de um ano que eu me perdi de mim completamente, e até hoje eu não consegui me encontrar mais. Não querendo fazer drama ou qualquer coisa do tipo, sei que não tenho do que reclamar fora dessa "área" da minha vida, mas tinha que ser justo a área com a qual eu me importo mais? Logo essa tinha que estar completamente devastada? Por mais que todo o resto esteja bem, uma única coisa é capaz de bagunçar tudo, e não há nada que eu possa fazer pra mudar isso. Ou se existe algo eu não faço a mínima idéia do que seja. 
Estou total e completamente perdido em mim mesmo, em um torpor que fazem com que todos os meus dias pareçam iguais e totalmente sem graça, por mais que eu me divirta ou me distraia na hora isso passa tão rápido quanto durou. Eu me afastei de muita gente pra tentar me dedicar mais a mim mesmo e tentar encontrar aquela pessoa que estava satisfeita consigo mesma, aquele meu eu de 3 anos atrás...Acabou que eu só piorei a situação, e agora ainda tenho todo mundo afastado de mim pra ajudar.
Não sei mais iniciar uma conversa, muito menos consigo sustentar uma por mais de cinco minutos, que merda aconteceu comigo? O que eu deixei que fizessem comigo? Como eu poderei me resgatar agora?
Estou descontente, desanimado, insatisfeito e magoado. E por mais distrações que eu arrume esse sentimento não some de mim. Tem horas que eu até chego a me sentir parte do mundo, mas todo dia quando eu me deito eu lembro o quão só estou. Não faltam companhias, não faltam distrações, não faltam oportunidades muito menos caminhos a seguir. 

Falta eu.

Eu me abandonei por outra pessoa e me perdi de mim mesmo quando cortei contato com ela. É por isso que não importam as circunstâncias eu continuo me sentindo sozinho e solitário no mundo. Só que agora o que será que eu preciso fazer pra me encontrar novamente? Quando será que eu me sentirei em paz novamente? Não parece que vai ser logo, e isso me desanima mais ainda.

Acho engraçado que eu não consigo deixar de observar uma certa vida, mesmo que eu tenha diminuído bastante a frequência eu sempre me pego observando as novidades que agora estão alheias a mim. Talvez porquê eu ache que fazendo isso vou ver algo que me faça cair na realidade de vez e acordar para a vida, talvez porquê eu ainda não esteja conformado, talvez porquê eu não consiga esquecer, talvez porquê eu ainda tenha alguma esperança inútil de que isso possa mudar de alguma forma.
Não sei o que se passa na minha mente, e também não sei que atitude eu posso tomar para mudar isso, mas vou seguindo. Uma hora há de aparecer algo, só não posso parar e isso é certo que não. Vou torcendo pra que o tempo mude logo as idéias, os pensamentos, a rotina, o trabalho, as lembranças, a vida, e eu. 
terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013

2013 foi um ano de derrotas, um ano de desistências, um ano de sofrimento, um ano de paixão. Foi um ano de esperança, um ano de decepções, um ano de expectativas, um ano de carência, um ano de distância, um ano de frustração, um ano de duras realidades.

2013 foi um ano de reflexões, um ano de solidão, um ano de saudades, um ano de torturas, um ano de arrependimentos, um ano de culpa. Um ano de inveja, e joga inveja nisso. Um ano de raiva, um ano de stress, um ano de mal humor, um ano de coisas ruins. E bota coisa ruim nessa conta.

2013 foi um ano de azar, um ano de traição, um ano de silêncio (do pior tipo possível), um ano de atraso, um ano do passado. Um ano de aperto, um ano de gastos, um ano de dívidas, um ano de mal-planejamento (péssimo-planejamento), um ano de vazio.

2013 foi um ano de mentiras, de falsas esperanças, de conversas fiadas, de pura falsidade, de protocolos sociais. Foi um ano de quebras, um ano de cortes, um ano de finais. Um ano de ausências, um ano de orgulhos mal contidos, um ano de egoísmo puro e bruto, um ano de lembranças que me fizeram mal.

2013 foi um ano de adeus, um ano de mortes, um ano de despedidas, um ano de catástrofes, um ano de violência, um ano de corrupção, um ano de pura falta de respeito. Foi um ano de acidentes (planejados ou não), um ano de desentendimentos, um ano de discussões, um ano de falhas, um ano de erros, um ano de sono, um ano de tristezas, um ano depressivo.

Eu poderia continuar, afinal 2013 está deixando um gosto tão amargo na minha alma que eu poderia até inventar coisas além do que já tenho a dizer só pra deixar bem claro o quão ruim foi esse ano. O quanto de coisas ruins aconteceram. Mas esses cinco parágrafos anteriores resumiram um pouco do que pareceu esse ano para mim pensando no geral. Foi tanta coisa ruim acontecendo ao mesmo tempo que não existiu espaço para que as coisas boas marcassem muita lembrança. Vou colocar agora as coisas boas que consigo lembrar em 5 minutos:

2013 foi um ano de saúde, foi um ano de comida, um ano de banhos, um ano de liberdade, relativa paz, um ano vivendo sozinho, foi um ano de gatos (animais, por favor...), um ano de livros e filmes e cultura. Foi um ano de certa aproximação de algumas amizades (quase totalmente ofuscado pela ausência de tantas mais), um ano de risadas (não vou dizer que não ri o ano todo, seria mentira lavada), um ano de diversão.

Pronto, cinco minutos, um parágrafo e várias considerações. Se teve mais coisa boa (e deve ter tido), tá difícil lembrar. Não teve muitos textos esse ano, e os poucos que tiveram foram só para reforçar a tristeza que se abateu sobre mim. Praticamente nada deu certo esse ano, e as poucas coisas que deram certo foram as que precisavam dar certo para que eu seguisse em frente, porque se tudo tivesse dado errado eu não aguentaria mais. Eu ter vindo morar sozinho foi a principal das coisas que deram certo esse ano, acho que eu surtaria se além de tudo o que eu passei eu ainda tivesse que ouvir reclamações, repreensões e xingamentos quando chegasse em casa. Ainda bem que eu me mudei.

Agora eu estou torcendo com todas as minhas forças para que 2014 melhore um pouco as coisas pro meu lado, não precisa melhorar tudo de uma vez não, pode ser aos poucos, mas se melhorar algo em relação a 2013 eu vou perceber, e vai estar bom assim. Melhor do que está agora.

Espero que 2014 seja um ano de novidades, de esquecimento, de indiferença da minha parte para algumas coisas (e para alguma pessoa). E que seja um ano bom não só pra mim, mas também para as pessoas ao meu redor, porquê não foi só pra mim que esse ano foi horrível, disso eu tenho certeza.

Queria encerrar o ano com algum texto bem elaborado, alguma coisa que conseguisse demonstrar todo o rancor e mágoa que estão marcados em mim. Mas não consegui colocar em ordem meus pensamentos, seria então impossível tentar colocar tudo em palavras, sairia mais confuso que tudo, talvez até para mim.
Então encerrarei o ano com esse resumo, em curtas palavras, de como foi o meu ano. Não conseguirei passar nem 1% do que senti, mas deixarei gravado aqui de alguma forma, para quando eu ficar lembrando do passado e achando que eu to lembrando as coisas piores do que foram, eu ter uma base pra poder lembrar mais ou menos o quão ruim foi esse ano, e não achar exagero da minha parte, porquê não foi exagero. Isso eu também tenho certeza.
domingo, 19 de maio de 2013

Sellfish silence

É engraçado como algumas pessoas conseguem ser egoístas sem ao menos perceber. A gente tem a horrível mania de sair falando a primeira coisa que nos vem à cabeça sem nunca pararmos para pensar no impacto que aquilo pode causar. Se vai ser bom, se vai ser ruim, se vai ser neutro.
Falamos apenas conscientes de nosso desejo de expor o que está martelando em nossa mente. Querendo apenas nos livrar do que nos atormenta. Falamos como se gritássemos de alguma forma, tudo aquilo que está entalado dentro de nós. E não medimos as consequências. Por que para os seres humanos não existe nada mais importante do que a si mesmo.
Às vezes falamos com receio, às vezes falamos com pressa, às vezes com raiva, com calma, com uma boa intenção. Muitas vezes falamos a primeira coisa que nos vem à cabeça com uma boa intenção. Pode ser a de animar, de confortar, de divertir. Mas mesmo nesses casos tem muitas vezes que o tiro sai pela culatra. E a gente piora o que tentou consertar. E depois, tentando consertar o que deu errado a gente piora ainda mais. Só falamos uma enxurrada de palavras sem razão ou sentido, algumas vezes com razão, mas que são palavras inconcebíveis naquele momento.
Falamos sempre sem pensar nos outros.
Falamos sempre pensando em nós.
E não importa quantas vezes isso dê errado. Não importa o quanto a gente perca com isso. Nós nunca aprendemos a medir as palavras antes de dizê-las. Nunca entendemos o quanto o silêncio pode ser precioso. Exceto em raras exceções quando alguma coisa nos diz que ficar em silêncio é o melhor a fazer. Mas tenho certeza que são raros os casos em que isso acontece em comparação a todo o resto.
Eu sei que o silêncio assusta, ele pode significar tudo, como pode não significar nada. Eu vivo tentando me esquivar dele, porque odeio o constrangimento que ele causa na maioria das vezes, mas tem horas que só ele resolve algo.


-Ok, eu me perdi nas ideias, perdi o foco e o sentido de tudo. Mas eu precisava colocar isso pra fora (Viu só o que eu disse? Talvez eu devesse ter ficado em silêncio e não ter escrito nada disso haha).
sábado, 4 de maio de 2013

Your Miss.

Já não dói mais... Ou me acostumei com a dor a ponto de não percebê-la, ignorando-a. Não me conheço o suficiente pra saber o que estou fazendo, mas está funcionando, é isso que importa.

Eu pensava em você sempre que podia, acabei ligando você ao máximo de coisas possíveis que existiam pra que eu pudesse ter essa sua "presença", pra não te deixar ir, pra poder acreditar que eu te tinha verdadeiramente comigo de alguma forma. E posso confessar que não foi nem um pouco difícil. Você, de alguma forma, tem muito de mim, ou eu tenho muito de você. De uma forma ou de outra, somos parecidos em muitos aspectos. Então foi muito fácil associar sua lembrança às músicas, imagens, filmes, livros, fotos, expressões, palavras, frases, jogos, comidas, sonhos, planos, pensamentos, ideais e medos. Tudo era ligado a você, assim era a tua presença em mim quando não estávamos conversando. Foi essa a forma que encontrei de te manter por perto enquanto eu tentava encontrar uma maneira de te trazer pra mim definitivamente. Mas não encontrei essa maneira, e nenhuma outra. Você foi se distanciando pouco a pouco até chegarmos aqui.

Quando percebi que você estava indo de vez entrei em desespero, queria fazer tudo certo, mas nada com pressa se conclui. E não foi diferente com a gente. Em minha pressa de te trazer pra mim acabei me jogando pra longe também. E lá fiquei por um bom tempo sem saber o que fazer, sabendo que o fim estava próximo ao mesmo tempo em que tentava enxergar uma forma de mudar essa conclusão. ..


Novamente não encontrei nada.


Quando percebi que não tinha mais jeito, que meu sonho já estava esmigalhado por todas as razões e consequências invisíveis às quais não entendemos nunca, me perdi em lamentos novamente. Nada saiu como eu queria, tudo o que planejei foi por água abaixo e eu não consegui entender o porquê. Decidi ao menos tentar dizer o que estava guardando comigo, e o fiz para me libertar de vez sem deixar que você acabasse com tudo. Quis acabar com tudo primeiro, da minha forma, pra tentar facilitar as coisas. Mas você nem me ouviu.

Doeu, por um bom tempo a dor de te perder me consumiu, me tornando incapaz de fazer qualquer coisa. Porém já não dói mais sua perda. Agora só a dor da sua falta me atormenta, mas essa vem só de vez em quando, é potente, mas não dura muito. Essa sim eu sei que vou ter que me acostumar, porquê ela nunca mais vai me abandonar. Vai se tornar a única coisa que restará de ti, de todas as músicas, imagens, filmes, livros, fotos, expressões, palavras, frases, jogos, comidas, sonhos, planos, pensamentos, ideais e medos só vai sobrar a saudade. Essa será a única presença que eu vou manter de você comigo. Afinal, não tenho como apagar por completo algo que lutei por tanto tempo pra manter por perto, não é?...
domingo, 28 de abril de 2013

One year

Quase um ano se passou sem que eu postasse nada, um ano. 365 dias se passaram e eu nem percebi.

A passagem de tempo é a coisa mais relativa que existe, quando não estamos fazendo algo de que gostamos temos a sensação de que o tempo passa devagar, quase parando, dando aquela agonia e ansiedade para que o tempo passe depressa. Agora quando estamos fazendo algo de que gostamos, quando estamos de folga, férias ou o que quer que seja bom, a sensação é de extrema rapidez, como se você pudesse fazer tudo em 1 segundo e quando vê o tempo já passou e você não fez nada. O pior é que, fazendo coisas que gostamos ou desgostamos, rápido ou devagar, o tempo passa. E passa tão rápido que você não se dá conta.

Tanta coisa aconteceu nesse tempo, tanta coisa me incomodou, me chateou, me magoou, me decepcionou, me entristeceu, me deprimiu, me desanimou. Tanta coisa ruim em comparação a poucas coisas boas. Só decepções, com os outros, com a vida, comigo mesmo.


Estava em uma fase de planejamento 1 ano atrás, uma fase de expectativas, Grandes expectativas. E planejamento. Estava colocando em ordem tudo o que queria e estava prestes a fazer algo quando tudo desmoronou. Tudo deu errado. Criei expectativas em outras coisas para caso a minha principal expectativa me decepcionasse. E não é que tudo o que eu criei se foi? E tudo isso em um curto período de tempo, tudo veio ao chão de uma só vez, acabando com tudo o que eu havia imaginado. Mas aos poucos eu fui me levantando. Foi bem devagar, muito devagar eu admito. Porém, eu estava desesperado já, desesperado pra fazer algo certo, pra que algo desse certo. E eu arrisquei, me livrei de um peso que me pressionava a muito tempo. Joguei tudo o que tinha naquele momento, mesmo sendo pouco, mesmo sendo confuso, se foi. E eu criei uma merda de uma expectativa para essa minha atitude também. Uma triste ação, que só culminou em mais uma decepção. Eu já estava esperando por algo ruim, não criei uma boa expectativa para o que fiz, criei uma expectativa ruim. Mas nem minhas expectativas chegaram ao nível da indiferença a qual fui acometido. Esperava tudo, menos o silêncio que se manteve desde então. Aguardei pacientemente por um tempo, e ansiosamente por outro tempo, até que entendi que não adiantava aguardar. Não era o tempo quem me ajudaria a ter a resposta que eu queria. Eu entendi que a resposta não viria, que eu teria que ficar com o silêncio. O silêncio e a indiferença, de mãos dadas comigo. Eles me abraçaram, e estão custando a me largar, mesmo eu me esforçando para isso. Ainda não me caiu a ficha, ainda não entendi o que fiz ou deixei de fazer para terminar assim. Joguei tudo pra fora em busca de me livrar de tudo e seguir em frente, mas esse silêncio não era por mim esperado, e agora me prendeu no mesmo lugar onde estive esse tempo todo: na insegurança.


Preciso sair desse torpor, mas não sei como. Preciso mudar de atitude, mas não sei como. Preciso de um impulso, mas nada me inspira a fazer tal loucura. Preciso de ajuda, mas é extremamente difícil encontrar alguém disposto a ajudar em um caso tão confuso e complicado como o meu. A ajuda pode vir de mim, a solução pode surgir de minhas mãos. Mas para isso eu preciso saber como, ou me lançar novamente no inesperado e torcer para que ele cuide de me colocar no caminho certo. Só que a coragem pra isso ainda não é o suficiente.

E aqui fico eu, perdido em mim mesmo, sem saber pra onde ir, sem saber onde chegar. Preso na insegurança e na rotina vendo o tempo passar.
Até que eu olhe para algo e me assuste com o pensamento que surge em minha mente:

-Mais um ano se foi...
terça-feira, 31 de julho de 2012

Por quê eu tinha que nascer tão eu?


Sei lá, às vezes bate esse pensamento chato e irritante, normalmente em dias em que tudo deu errado, ou quando tudo está errado de alguma forma em minha vida. Penso em como poderia ser mais fácil se eu fosse um galã dos cinemas, se eu não fosse tão orgulhoso, tão tímido, tão sem atitude, tão indeciso e inseguro; se eu não guardasse as mágoas pra mim e despejasse em quem fosse a fonte de tal mágoa pouco me importando para o que ia acontecer e em quais poderiam ser as infinitas consequências de um ato tão mal pensado; se eu tivesse nascido rico (quem nunca pensou isso quando olhou alguma coisa muito foda mas com tantos malditos dígitos no preço que até pensou em se matar depois por não ter nem 10% daquilo em mãos?) . Sempre bate esse pensamento quando nada anda pra frente, quando tudo parece conspirar contra você, quando nada do que você faz parece dar certo ou estar te levando a algum lugar. E olha, eu sinceramente não sei porque isso acontece. Se paro pra ver em minha volta, minha vida não está nada mal. Tenho uma boa casa, tenho bons amigos, bons colegas de trabalho, tenho um bom emprego e passei a ter mais coisas. A única coisa que ainda não tenho e quero muito é alguém pra me fazer companhia, amar, sorrir, compartilhar, brincar, chorar, brigar, e amar novamente, e amar mais uma vez, a única coisa que ainda não tenho é a que mais quero: você. E isso às vezes parece fazer com que todo o resto não pareça nada. Afinal de que adianta eu ter tudo isso se o que eu mais quero não tenho? De que adianta tudo isso se você não está comigo pra compartilhar?  A ausência de uma pessoa pode fazer tão mal quanto muita coisa afora. E é o que me faz mal nesse momento, pensar que você pode tanto não se importar com nada do que diz respeito a mim e ao mesmo tempo pode se importar tanto quanto eu. O que me faz mal é não saber de nada do que se passa no mundo, na vida, e na sua cabeça. Não poder entender o porquê das coisas e o porquê de sua atitude. Não saber o porquê eu não faço nada pra mudar isso, o porquê pensar, querer e desejar não adiantam em nada pra mudar essa minha atitude egoísta e orgulhosa. É duro ficar pensando e pensando em todas as infinitas possibilidades sem saber o que fazer por ter medo de que meu pensamento não esteja certo. Tenho medo de falhar, tenho medo de estragar tudo. Por mais que eu saiba que não fazer nada só vai levar ao fim de uma mesma forma isso não é suficiente pra fazer com que eu me mova, por quê? Será que o simples medo e a insegurança são assim tão fortes a ponto de inutilizar todo o resto? Se não for isso o que é que me impede então? Sou eu mesmo? Então se eu já tenho consciência disso e tento mudar minha atitude, por que não mudo? Por que prometo fazer tudo diferente e no final acabo sempre fazendo tudo igual? Por que você não me diz logo o que se passa em sua mente? Por que não conseguimos ser sinceros uns com os outros?


Largaria tudo o que tenho, se fosse pra ser feliz com você. 
sábado, 14 de julho de 2012

Distante.

Me tornei ausente de tudo, sou ausente nas ruas, nas casas, nas conversas, nas notícias,na família, na amizade, no companheirismo, no amor. Sou ausente de mim mesmo, de meus pensamentos, meus sonhos e meus objetivos. Sou um ponto neutro no mundo, esperando uma força a me inserir em algo que me torne menos ausente dessa vida.

O mundo que eu vivia está praticamente morto, quase tudo em que eu sempre acreditei ruiu montanha abaixo, a cada dia alguém me decepciona de alguma forma, ninguém mais acredita, ninguém mais se esforça para compartilhar nada de bom. Todo mundo é egoísta e só pensa em si mesmo, ninguém mais enxerga o lado do outro, ninguém aceita, ninguém perdoa, ninguém pensa mais antes de se decidir, é tudo pra ontem, se perdeu a apreciação, a demora, a paciência, se perdeu o romantismo, ninguém o aprecia mais. Ninguém mais se importa com nada que não seja a si mesmo. E o mundo influencia, ele corrompe você, ele vai tirando suas forças e faz você se entregar a ele, e ninguém apoia mais, todos criticam. Em todos os sentidos, em todas as causas, em todas as razões. Se você não pensa como ele, você está errado, você tem que mudar. Ninguém se adapta mais, ninguém cede, ninguém pergunta, ninguém conversa. A culpa é sua por não aceitar, a culpa é sua por sonhar e por imaginar que tudo poderia ser diferente.

Qual foi a última vez que você sonhou? Quando foi a última vez que você foi dormir pensando em alguém como num convite e essa pessoa compareceu em seu sonho, te deixando acordar com um sorriso feliz? Quando foi a última vez que você foi contra tudo e não ligou para as consequências, fazendo o que você realmente queria no fundo de sua alma? Me pergunto quando foi que todos vocês se abandonaram a esse sentimento mútuo que os tornam tão ridículos.

Guardei tudo que me movia dentro de um baú e fechei com um cadeado o qual não tenho a chave,  ela está perdida em algum lugar desse mundo enorme, talvez esteja em posse de alguém que está a procura de um cadeado ao qual abrir. É nisso que eu ainda acredito, minha última esperança, a única coisa que ficou de fora do baú, aquela que me mantém de pé, aquela que dizem que nunca morre, mas nunca nos lembram que pode enfraquecer. Espero viver para encontrar alguém que ainda acredite nisso, pois admito ser fraco, e acabei guardando tudo dentro de mim por não conseguir mais viver dessa forma, mas deve existir alguém que ainda acredita, ou quem sabe alguém que também guardou tudo isso dentro de si, e que também esteja esperando uma chave perdida no mundo, quem sabe eu tenha a chave para essa pessoa e ela também tenha a chave para mim. Quem sabe?
quarta-feira, 23 de maio de 2012

Por quê?


Você deve estar pensando nisso agora ou já pensou alguma vez: Por quê?

Estávamos nos dando tão bem, éramos tão unidos e inseparáveis, por que acabou?Qual foi o motivo? Por que me deixou sem nenhum motivo aparente? Por que não me dá mais atenção? Por que não me liga?
Desculpe, mas não tive como manter as coisas como eram. Eu bem queria, mesmo, mas foi muita coisa pra mim ao mesmo tempo, não há como pensar em amizade quando a paixão fala mais alto, e tudo contribuiu para que isso acontecesse. Você sabia, sempre soube que não era só amizade não é? Desde o começo foi assim com a gente, eu juro que tentei pensar como você, sentir por você o que você sentia por mim, mas não deu. Você sabe como eu sou carente não sabe? Sabe sim, você me conhece bem. Se existisse alguma forma de tirar minha mente do pensamento “nós” toda vez que eu entrasse em contato com você isso não teria ido tão longe, mas eu estava sozinho, estou sozinho como sempre estive, e não aguentei saber que você estava tendo algo tão sério sem me importar. Desculpe se eu fui e estou sendo egoísta, mas eu não queria te machucar nem me machucar por isso. Entendo que não adiantou muito porque agora essa distância que existe entre nós machuca também, mas foi algo que aconteceu sem que eu percebesse, um dia nos falávamos normalmente e no outro eu simplesmente não dei mais atenção. Não ache que eu deixei de me importar, sinto sua falta todos os dias, das nossas conversas e das brincadeiras, das risadas e das conversas sérias também. Mas você decidiu seguir um papel onde eu me torno um mero coadjuvante, e eu to cansado disso, quero ser o protagonista! Não quero fazer um pouco de diferença na vida de alguém, quero fazer toda a diferença, e quero que essa pessoa também faça toda a diferença na minha vida. Compartilhar, amar de igual para igual, sem limites, sem medo.

Aí você me pergunta: Por quê você vem me falar isso agora, depois que tudo aconteceu?

Confesso que senti medo de insistir em algo inconsistente, algo incerto, tive medo de só falar sem fazer nada, no final acabou sendo assim de toda forma. Mas eu não queria que você mudasse seu jeito comigo por conta do meu sentimento, porque você ia mudar sim, por mais que tentamos nos convencer do contrário, um sentimento muda toda uma convivência e com a gente não ia ser diferente. Acabei guardando pra mim, como sempre faço, e peço desculpas por isso também, e por acabar com nossa amizade. Pedir desculpas não vai mudar nada agora eu sei, pedir desculpas se tornou uma desculpa para nos sentirmos melhor apenas. Queria apenas dizer o que aconteceu, porque aconteceu e desabafar talvez. Não dá pra escrever em um simples texto tudo o que me incomodou, o que me incomoda, o que eu sentia e o que sinto. Considere isso um resumo apenas.

Espero que possamos voltar a nos falar mais pelo menos, espero mudar esse sentimento para quem sabe voltarmos a rir juntos de vez em quando, e talvez ainda exista um pouco de esperança de que as coisas voltem a ser como antes. Mesmo sendo muito difícil não é impossível, nada é. 
quinta-feira, 29 de março de 2012

Undone

Percebo hoje que minha visão de como demonstrar interesse nao é compartilhada por ninguém além de mim. Para mim a forma mais simples de demonstrar interesse sempre foi através de carinho, coisas simples de se perceber: Se te dou mais atenção, se te dou prioridade, se te compro um chocolate ou uma pequena lembrança sem motivo aparente, se te mando uma mensagem puxando um assunto totalmente desnecessário apenas para no final dizer que estou com saudades pode ter muita certeza de que tem algo a mais em minhas intenções. E se faço isso quando estou apenas interessado em alguem, a coisa fica bem mais seria quando estou apaixonado.
Em minha visão eu sou tão transparente no que se refere a interesses e sentimentos, nao sei como ninguém percebe quando estou interessado e depois fazem uma cara de boba dizendo que nunca viu interesse em minhas ações ou palavras. E olha que eu sou péssimo em entender indiretas, ou as indiretas nunca são pra mim, sei lá, acho que isso também se deve a essa diferença de visão; O que é indireta pra mim nao é pra você, e vice-versa, simples.
As pessoas se acostumaram tanto com o complicado que o simples não se entende mais, ou sou eu que tenho uma forma de raciocinar diferente do mundo inteiro, ou a pessoa que pensa como eu está muito bem escondida porque não achei que fosse tão complicado assim.
Então se você tem um menino que faz alguma das coisas descritas acima, pense bem se ele não tem mesmo nenhum interesse por você, seu pensamento pode estar completamente errado e é aí que você acaba machucando sem saber, só uma dica.
Só um desabafo.
Mais uma mudança a fazer em mim? Talvez. Estou meio distante de qualquer coisa que me deixe confuso, então não creio que vou levar isto em consideração mais que uma noite. Seria bom se eu levasse, mas sabe como é, sou orgulhoso demais as vezes; E coloco sempre a culpa na preguiça, pode anotar isso.
Só mais uma coisa, se quiser demonstrar algum interesse por mim não faça como eu, estou desacreditando nisso há muito tempo.

Só sei dificultar as coisas, tenho certeza que mais confuso que esse texto, somente eu mesmo...
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Fear.


A gente se acomoda tanto às vezes, e por tantas outras deixamos o medo nos dominar. Perdemos tanto com isso e só percebemos quando já é tarde demais.

Sabe aquela vontade maluca de agarrar alguém que dá de vez em quando? Sim, essa mesma. Aquela que você esconde com todas as suas forças por não saber se é correspondida, mas principalmente por ter medo de além de não ser correspondida, levar tudo por água abaixo. 


Medo, algo que pode salvar a sua vida, ou destruí-la por completo. Relativo, como muitas coisas e sentimentos por aí são. Seria bom se conseguíssemos saber quando devemos ou não ter medo de fazer algo. É confuso falar sobre isso pois depende muito da situação envolvida. Mas voltando ao assunto principal, nessa situação estou começando a acreditar que o medo é um inimigo a ser derrotado. Atrapalha, confunde, destrói, mas parece que nunca ajuda. Será que vale mesmo a pena ter essa apreensão de fazer o que se quer por medo de perder a companhia de alguém? Será que vale mesmo a pena se acomodar com essa falsa sensação de esperança? Se iludir com a idéia de que o tempo vai ajudar a mudar a opinião daquela pessoa? Não digo que o tempo não possa ajudar, dependendo do caso é o tempo quem decide. Mas aí, quem é que vai adivinhar quando vale a pena esperar e quando vale a pena arriscar? Como saber quando a espera deixa de ser um atalho para se tornar um atraso na vida? Ninguém sabe.


E por isso cada um escolhe um lado a seguir, se tornam pessoas que arriscam ou esperam. O problema é que elas se acomodam tanto nessa escolha, que chega ao ponto de ter uma oportunidade de se dar bem fazendo o que não está acostumado e não mexer um dedo por medo, ou acomodação, ou outra coisa que não sei explicar.
Acredito que nessas horas a intuição deve ser a maior aliada na decisão. Ou talvez eu esteja enganado e ela seja a maior inimiga, novamente pergunto: Quem vai saber? Talvez o tempo me traga as respostas, ou talvez eu nunca fique sabendo de nada. Talvez eu encontre minha paz e felicidade levado pela espera, acomodação e intuição, talvez eu nunca encontre pelo mesmo motivo... Tenho medo de arriscar e perder, mas às vezes tenho muito mais medo de esperar e perder da mesma forma, como estou me sentindo agora. O que fazer nessas horas?


Aí você me diz: Quem vai saber?
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Desabafo

Nós costumávamos dizer que éramos conectados, pelas várias vezes que pensávamos a mesma coisa em determinados momentos. Não sei dizer se era apenas coincidência ou se existia algo mais unindo nossos pensamentos daquela forma, mas de qualquer forma eu não consigo deixar de pensar em como eu ficava feliz toda vez que isto acontecia, eu sentia que mesmo distante de mim você estava ao meu lado, compartilhando tudo o que tínhamos naquela época sendo isto bom ou ruim.

Sinto falta disso...

E das noites que passávamos acordados conversando sobre aquela música nova que não saia de nossa mente, ou sobre algum momento engraçado de nossas vidas. Discutíamos um assunto durante horas, as vezes eu deixava você falar o que pensava sobre o assunto pra ver se era o mesmo que eu pensava, mas eu gostava mesmo era quando eu dava minha opinião e você concordava comigo dizendo que pensava da mesma forma, era sempre assim, parecia que só existiam semelhanças entre nós, mas eu sabia das diferenças que estavam ali.

Só não entendo porque acabou...

Não existem mais nossas noites de conversa, nem todas aquelas semelhanças. Agora parece que só existem diferenças entre nós. Você não concorda mais, encontrou outros gostos, outros valores, outras preferências.
Meu medo maior é que você encontre outro alguém.
Só espero que eu não fique pensando nisso todas as noites.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O remédio da vida.


Acho engraçada a mania que eu tenho de querer “consertar” o mundo de todo mundo quando nem o meu eu consigo. Gosto de ouvir histórias de vida, dramas de adolescência e até traumas de infância. Sou o típico ouvinte, mas adoro contar minha história também pra quem quer ouvir (e às vezes quem não quer também).

Nessa troca de histórias, sonhos, pesadelos, esperanças e medos sempre encontro semelhanças em vários pontos da história, e com isso me interesso mais ainda pela história e pela pessoa (tudo o que é semelhante a minha pessoa me encanta) É nessa hora que eu sinto essa vontade de querer consertar a vida da pessoa, fazê-la mais feliz ou ao menos amenizar os problemas e dar mais motivos para sorrir. Me apaixono por essa idéia, a de ser o remédio da vida de alguém, sempre imagino um relacionamento nascendo com essa vontade de um consertar o outro, se existe a vontade recíproca de se ajudar e se a outra pessoa realmente ajuda a tornar seu mundo melhor e vice-versa, isso torna um relacionamento bem mais fácil (ao menos é o que eu acredito, na teoria).

Muitas pessoas já me ajudaram muito com meus problemas, na maior parte das vezes dizendo algo que me faz refletir e na mesma hora encontrar mais uma resposta, ou pista, de algo que faz parte de mim. Como em uma vez que me disseram que eu via um relacionamento como a solução dos meus problemas, eu pensei na hora e vi que eu usava de inúmeras camuflagens para esconder isso de mim mesmo; e saber disso naquele momento foi crucial pra eu mudar minha forma de pensar e seguir em frente esquecendo a tristeza que me abalava na época. E isso me fazia sentir, além de gratidão pela pessoa, vontade de ajudá-la também; mas não com algo temporário e sim com algo que seja levado por toda a vida.

Ainda hoje tenho dúvidas sobre isso, às vezes penso tanto em ter alguém do meu lado e isso me faz pensar também se ainda não tenho essa mesma idéia sobre a solução dos meus problemas. Mas a verdade é que eu penso em encontrar alguém não para ser a solução dos meus problemas e sim apenas para me acompanhar nessa busca. Sou confuso nesse aspecto (assim como em vários outros), mas ainda espero conseguir encontrar essa resposta e ajudar quem eu considero especial a encontrar suas próprias respostas também.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Your call

São dez da noite e estou com o celular na mão, um número aparece no visor pronto para ser chamado, mas eu não consigo fazer a ligação. Estou indeciso, como sempre, porque sei que vou ficar nervoso (sempre fico nervoso quando falo com ela). Mas eu disse que ia ligar, então não posso deixá-la na mão de novo.

Quando crio coragem e aperto o botão de “ligar” começo a ficar nervoso. Respiro fundo para me acalmar um pouco, o telefone completa a ligação e começa a tocar. Penso se ela vai poder falar comigo, se terá que falar rápido porque está tarde, se ela vai estar animada ou com sono, será que ela vai ficar feliz por falar comigo depois de tanto tempo? O telefone toca pela terceira vez e nada, fico preocupado achando que ela já está dormindo e quase desligo o telefone. Porque eu fui deixar pra ligar tão tarde? Mais dois toques se completam e a secretária da caixa postal começa a falar comigo. Tudo bem, eu não queria falar nada mesmo.

Fico com medo dessa indecisão, medo de perder o que já não tenho. Medo de dar tudo errado novamente, mas agora já cometi o erro novamente e não adianta reclamar. Terei que me redimir por esse e todos os erros anteriores, por todas as palavras não ditas e ações não realizadas, por toda essa paixão guardada dentro de mim. Irei me redimir com você, ainda tenho esperanças. Só espero que não seja, novamente, tarde demais...

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Julio Barcellos
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