quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Desabafo

Nós costumávamos dizer que éramos conectados, pelas várias vezes que pensávamos a mesma coisa em determinados momentos. Não sei dizer se era apenas coincidência ou se existia algo mais unindo nossos pensamentos daquela forma, mas de qualquer forma eu não consigo deixar de pensar em como eu ficava feliz toda vez que isto acontecia, eu sentia que mesmo distante de mim você estava ao meu lado, compartilhando tudo o que tínhamos naquela época sendo isto bom ou ruim.

Sinto falta disso...

E das noites que passávamos acordados conversando sobre aquela música nova que não saia de nossa mente, ou sobre algum momento engraçado de nossas vidas. Discutíamos um assunto durante horas, as vezes eu deixava você falar o que pensava sobre o assunto pra ver se era o mesmo que eu pensava, mas eu gostava mesmo era quando eu dava minha opinião e você concordava comigo dizendo que pensava da mesma forma, era sempre assim, parecia que só existiam semelhanças entre nós, mas eu sabia das diferenças que estavam ali.

Só não entendo porque acabou...

Não existem mais nossas noites de conversa, nem todas aquelas semelhanças. Agora parece que só existem diferenças entre nós. Você não concorda mais, encontrou outros gostos, outros valores, outras preferências.
Meu medo maior é que você encontre outro alguém.
Só espero que eu não fique pensando nisso todas as noites.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O remédio da vida.


Acho engraçada a mania que eu tenho de querer “consertar” o mundo de todo mundo quando nem o meu eu consigo. Gosto de ouvir histórias de vida, dramas de adolescência e até traumas de infância. Sou o típico ouvinte, mas adoro contar minha história também pra quem quer ouvir (e às vezes quem não quer também).

Nessa troca de histórias, sonhos, pesadelos, esperanças e medos sempre encontro semelhanças em vários pontos da história, e com isso me interesso mais ainda pela história e pela pessoa (tudo o que é semelhante a minha pessoa me encanta) É nessa hora que eu sinto essa vontade de querer consertar a vida da pessoa, fazê-la mais feliz ou ao menos amenizar os problemas e dar mais motivos para sorrir. Me apaixono por essa idéia, a de ser o remédio da vida de alguém, sempre imagino um relacionamento nascendo com essa vontade de um consertar o outro, se existe a vontade recíproca de se ajudar e se a outra pessoa realmente ajuda a tornar seu mundo melhor e vice-versa, isso torna um relacionamento bem mais fácil (ao menos é o que eu acredito, na teoria).

Muitas pessoas já me ajudaram muito com meus problemas, na maior parte das vezes dizendo algo que me faz refletir e na mesma hora encontrar mais uma resposta, ou pista, de algo que faz parte de mim. Como em uma vez que me disseram que eu via um relacionamento como a solução dos meus problemas, eu pensei na hora e vi que eu usava de inúmeras camuflagens para esconder isso de mim mesmo; e saber disso naquele momento foi crucial pra eu mudar minha forma de pensar e seguir em frente esquecendo a tristeza que me abalava na época. E isso me fazia sentir, além de gratidão pela pessoa, vontade de ajudá-la também; mas não com algo temporário e sim com algo que seja levado por toda a vida.

Ainda hoje tenho dúvidas sobre isso, às vezes penso tanto em ter alguém do meu lado e isso me faz pensar também se ainda não tenho essa mesma idéia sobre a solução dos meus problemas. Mas a verdade é que eu penso em encontrar alguém não para ser a solução dos meus problemas e sim apenas para me acompanhar nessa busca. Sou confuso nesse aspecto (assim como em vários outros), mas ainda espero conseguir encontrar essa resposta e ajudar quem eu considero especial a encontrar suas próprias respostas também.

Quem Sou Eu

Julio Barcellos
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