quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Patch Adams and the ironic suicide

Acabei de ver um filme do Robin Williams que aparentemente se suicidou esta semana. Escolhi ver o filme que eu tinha baixado há alguns dias pra ver, mas não tinha encontrado tempo ainda: Patch Adams. Sim, eu nunca tinha visto este filme, embora seja muito bem falado por aí. Achei engraçado o fato de eu ter escolhido um filme velho pra cacete do Robin Williams pra assistir poucas semanas antes de ocorrer a morte dele. Mais curioso ainda é pelo filme tratar de suicídio, dentre outros temas...
O clima do filme não te prepara nem um pouco para a surpresa que é a morte da Carin, ainda mais da maneira “brutal” como ocorreu. Morta por tentar ajudar um paciente, justamente o que Patch a ensinou. Cara, eu não queria estar na mente desse homem quando ficou sabendo do que aconteceu. Eu surtaria em dobro ainda por tudo o que eu já passei. É inimaginável a dor psicológica que ele teve que passar. Assim como é inimaginável a dor que todos passam diariamente enfrentando tudo que é tipo de situação no mundo. Nós tentamos não julgar... Digo, algumas pessoas tentam não julgar, enquanto a maioria julga descaradamente sem nem ao menos olhar pra própria fuça antes. E eu sei que tem horas que não dá pra escapar, do julgamento, do preconceito, das acusações. Somos seres humanos, seres instáveis buscando estabilidade em tudo o que pode se pensar na vida: emprego, amor, finanças, saúde, tudo! Já pensaram em como é contraditória essa questão? A “felicidade” do ser humano se encontra no equilíbrio, yin-yang, Buda, yoga e várias outras coisas pregam isso. Paz, equilíbrio, estabilidade.
Como buscar isso quando nossa mente é tão irracional por dentro, mudando de foco a cada dia, a cada pressão sofrida, a cada fato não esperado, a cada desentendimento? Podemos ser seres evoluídos e inteligentes, mas estamos mais perto da selvageria do que imaginamos. E quando surge uma pessoa um pouco mais equilibrada, estável, em paz ou o que quer que seja essa pessoa é esmagada pelo pensamento do resto do mundo e por todas as personalidades instáveis que existem no mundo afora. Somos influenciáveis demais, e isso nos traz muitos problemas. Uma pessoa ter a mente estável, estar em paz consigo mesma e com o resto do mundo é algo que eu acredito ser inconcebível, ao menos no mundo em que vivemos hoje.
Todos os dias nós tentamos sobreviver e manter a nossa sanidade, em busca de sermos pessoas melhores. Seja para nós mesmos, seja para os outros, seja para ninguém. Há os que não tentam, mas vamos generalizar um pouco pra não perder o foco. Todos os dias buscamos algo em que nos apoiar para seguirmos em frente quando acontece algo ruim e o mundo está desabando sobre nossas costas. Mas a ironia está presente todos os dias também. Seja em uma mulher ser morta pelo primeiro paciente que buscou ajudar quando não acreditava que um homem pudesse ser confiável, seja em um homem que atua em um filme sobre superar os desafios e a dor, debochando de Deus dizendo que ele não merece o suicídio dele, se suicidar.


Nossa luta diária é para nos manter vivos, sãos, confiantes e inabaláveis. Nossa luta diária é contra nós mesmos e a nossa instabilidade, que pode fazer com que um dia supostamente normal tudo dê errado e mexa com o nosso psicológico de tal forma, que nos obriga a buscar uma saída. E quando não há saída, é o fim... Não é?
quinta-feira, 24 de abril de 2014

A teoria do desafio (Auto-infligido)

Hoje estava divagando sobre a vida e deixando minha imaginação fluir em pensamentos e imagens de possíveis situações agradáveis de um futuro desejado por mim quando comecei a unir diversos pensamentos e formulei um questionamento a mim mesmo: E se eu nunca tiver amado a ninguém? E se eu for uma pessoa que ama apenas a mim mesmo, sem realmente me preocupar com o restante do universo? O egoísta supremo? Quando uno esse pensamento a certos aspectos ele me parece verdadeiro. Isso explicaria o porquê de eu conseguir esquecer duas pessoas que supostamente eu amava, e eram insubstituíveis em minha vida na minha mente. Isso explicaria o porquê eu estou sobrevivendo a ausência da pessoa que eu amo no momento. Isso explicaria muita coisa não? 

Então eu pensei por um momento que, se fosse assim eu buscaria coisas que me satisfizessem, e não coisas que me fariam sofrer, mas aí deixaria de fazer sentido então eu mudei a linha de pensamento para a seguinte: E se a satisfação para o meu ego for justamente passar por toda essa dificuldade e sair vitorioso no final? Faz sentido o sofrimento agora, não? 

É claro que, se tudo o que eu fiz foi apenas para desafiar, divertir, apaixonar e entreter a mim mesmo, eu posso ser considerado demente, maluco, doente mental e o que mais possa expressar isso, mas não deixa de ter um fundo de sentido. 

E se a humanidade estiver cheia de pessoas assim?
E se todos forem assim?
Isso justificaria tudo o que acontece no mundo? Uma eterna batalha pra satisfazer as nossas necessidades pessoais. Do tipo "Eu luto pra conquistar a sua atenção pra me satisfazer", ou melhor ainda: "Eu luto pra conquistar a sua vontade de me ter também para que assim possamos nos satisfazermos juntos".

Faz algum sentido?

Não consigo imaginar o que se passaria na mente dos suicidas se isso for mesmo verdade. Teria sido o desafio auto-imposto em um nível ao qual não se é possível superar ou suportar? Ou seria um caso em que já se viveu o que se quis e nada mais no mundo lhe parece desafiador o suficiente ou interessante o suficiente para atrair sua vontade? Então você se mata porquê não tem mais interesse em viver, acabaram os motivos. 

Ao mesmo tempo, cada um pode querer viver um desafio diferente, por isso existem pessoas que conseguem o que querem mais facilmente que outras. Mentes diferentes, objetivos diferentes, desafios diferentes.

Interessante não?

Outra situação: já que dizem que usamos menos de 1/4 da capacidade de nosso cérebro, e se um dia todos nós vivemos em uma utopia onde cada pessoa tinha tudo o que queria, e de tão monótono e entediante que esse mundo era, nosso cérebro resolveu limitar suas capacidades e impor todos os desafios e dificuldades da vida a si próprios para dar um pouco mais de emoção em tudo.

É uma viagem beeeeeem louca pensar assim não é? E o cúmulo do egoísmo também. Mas me diz aí se não tem um mínimo de sentido nessa teoria? kkkkkkk.

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Eu estava super afim de fazer um texto novo pro meu blog, queria conseguir organizar novamente meus pensamentos a ponto de conseguir expressá-los aqui de uma forma que eu ficasse satisfeito com a leitura de meu próprio texto. Tinha pensado em algo super sério, até deprimente como a maioria dos meus textos são. No final, o que consegui foi isso, uma brisa eterna de uma mente que não tem mais nada pra fazer da vida a não ser arrumar teorias malucas pra tentar se distrair do que faz mal lembrar. Acho que eu to tentando é fugir da depressão no final das contas!
domingo, 16 de fevereiro de 2014

Falta eu(?)

Me falam "Nossa, você ainda tá nessa?" como se fosse a coisa mais natural do mundo eu esquecer assim, do dia pra noite não é?

Não, não é. Vai fazer 1 ano já, dependendo do ponto de vista já fez mais de um ano que eu não tenho uma boa noite de sono, que eu não tenho um dia animador, faz mais de um ano que eu me perdi de mim completamente, e até hoje eu não consegui me encontrar mais. Não querendo fazer drama ou qualquer coisa do tipo, sei que não tenho do que reclamar fora dessa "área" da minha vida, mas tinha que ser justo a área com a qual eu me importo mais? Logo essa tinha que estar completamente devastada? Por mais que todo o resto esteja bem, uma única coisa é capaz de bagunçar tudo, e não há nada que eu possa fazer pra mudar isso. Ou se existe algo eu não faço a mínima idéia do que seja. 
Estou total e completamente perdido em mim mesmo, em um torpor que fazem com que todos os meus dias pareçam iguais e totalmente sem graça, por mais que eu me divirta ou me distraia na hora isso passa tão rápido quanto durou. Eu me afastei de muita gente pra tentar me dedicar mais a mim mesmo e tentar encontrar aquela pessoa que estava satisfeita consigo mesma, aquele meu eu de 3 anos atrás...Acabou que eu só piorei a situação, e agora ainda tenho todo mundo afastado de mim pra ajudar.
Não sei mais iniciar uma conversa, muito menos consigo sustentar uma por mais de cinco minutos, que merda aconteceu comigo? O que eu deixei que fizessem comigo? Como eu poderei me resgatar agora?
Estou descontente, desanimado, insatisfeito e magoado. E por mais distrações que eu arrume esse sentimento não some de mim. Tem horas que eu até chego a me sentir parte do mundo, mas todo dia quando eu me deito eu lembro o quão só estou. Não faltam companhias, não faltam distrações, não faltam oportunidades muito menos caminhos a seguir. 

Falta eu.

Eu me abandonei por outra pessoa e me perdi de mim mesmo quando cortei contato com ela. É por isso que não importam as circunstâncias eu continuo me sentindo sozinho e solitário no mundo. Só que agora o que será que eu preciso fazer pra me encontrar novamente? Quando será que eu me sentirei em paz novamente? Não parece que vai ser logo, e isso me desanima mais ainda.

Acho engraçado que eu não consigo deixar de observar uma certa vida, mesmo que eu tenha diminuído bastante a frequência eu sempre me pego observando as novidades que agora estão alheias a mim. Talvez porquê eu ache que fazendo isso vou ver algo que me faça cair na realidade de vez e acordar para a vida, talvez porquê eu ainda não esteja conformado, talvez porquê eu não consiga esquecer, talvez porquê eu ainda tenha alguma esperança inútil de que isso possa mudar de alguma forma.
Não sei o que se passa na minha mente, e também não sei que atitude eu posso tomar para mudar isso, mas vou seguindo. Uma hora há de aparecer algo, só não posso parar e isso é certo que não. Vou torcendo pra que o tempo mude logo as idéias, os pensamentos, a rotina, o trabalho, as lembranças, a vida, e eu. 

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Julio Barcellos
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