terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013

2013 foi um ano de derrotas, um ano de desistências, um ano de sofrimento, um ano de paixão. Foi um ano de esperança, um ano de decepções, um ano de expectativas, um ano de carência, um ano de distância, um ano de frustração, um ano de duras realidades.

2013 foi um ano de reflexões, um ano de solidão, um ano de saudades, um ano de torturas, um ano de arrependimentos, um ano de culpa. Um ano de inveja, e joga inveja nisso. Um ano de raiva, um ano de stress, um ano de mal humor, um ano de coisas ruins. E bota coisa ruim nessa conta.

2013 foi um ano de azar, um ano de traição, um ano de silêncio (do pior tipo possível), um ano de atraso, um ano do passado. Um ano de aperto, um ano de gastos, um ano de dívidas, um ano de mal-planejamento (péssimo-planejamento), um ano de vazio.

2013 foi um ano de mentiras, de falsas esperanças, de conversas fiadas, de pura falsidade, de protocolos sociais. Foi um ano de quebras, um ano de cortes, um ano de finais. Um ano de ausências, um ano de orgulhos mal contidos, um ano de egoísmo puro e bruto, um ano de lembranças que me fizeram mal.

2013 foi um ano de adeus, um ano de mortes, um ano de despedidas, um ano de catástrofes, um ano de violência, um ano de corrupção, um ano de pura falta de respeito. Foi um ano de acidentes (planejados ou não), um ano de desentendimentos, um ano de discussões, um ano de falhas, um ano de erros, um ano de sono, um ano de tristezas, um ano depressivo.

Eu poderia continuar, afinal 2013 está deixando um gosto tão amargo na minha alma que eu poderia até inventar coisas além do que já tenho a dizer só pra deixar bem claro o quão ruim foi esse ano. O quanto de coisas ruins aconteceram. Mas esses cinco parágrafos anteriores resumiram um pouco do que pareceu esse ano para mim pensando no geral. Foi tanta coisa ruim acontecendo ao mesmo tempo que não existiu espaço para que as coisas boas marcassem muita lembrança. Vou colocar agora as coisas boas que consigo lembrar em 5 minutos:

2013 foi um ano de saúde, foi um ano de comida, um ano de banhos, um ano de liberdade, relativa paz, um ano vivendo sozinho, foi um ano de gatos (animais, por favor...), um ano de livros e filmes e cultura. Foi um ano de certa aproximação de algumas amizades (quase totalmente ofuscado pela ausência de tantas mais), um ano de risadas (não vou dizer que não ri o ano todo, seria mentira lavada), um ano de diversão.

Pronto, cinco minutos, um parágrafo e várias considerações. Se teve mais coisa boa (e deve ter tido), tá difícil lembrar. Não teve muitos textos esse ano, e os poucos que tiveram foram só para reforçar a tristeza que se abateu sobre mim. Praticamente nada deu certo esse ano, e as poucas coisas que deram certo foram as que precisavam dar certo para que eu seguisse em frente, porque se tudo tivesse dado errado eu não aguentaria mais. Eu ter vindo morar sozinho foi a principal das coisas que deram certo esse ano, acho que eu surtaria se além de tudo o que eu passei eu ainda tivesse que ouvir reclamações, repreensões e xingamentos quando chegasse em casa. Ainda bem que eu me mudei.

Agora eu estou torcendo com todas as minhas forças para que 2014 melhore um pouco as coisas pro meu lado, não precisa melhorar tudo de uma vez não, pode ser aos poucos, mas se melhorar algo em relação a 2013 eu vou perceber, e vai estar bom assim. Melhor do que está agora.

Espero que 2014 seja um ano de novidades, de esquecimento, de indiferença da minha parte para algumas coisas (e para alguma pessoa). E que seja um ano bom não só pra mim, mas também para as pessoas ao meu redor, porquê não foi só pra mim que esse ano foi horrível, disso eu tenho certeza.

Queria encerrar o ano com algum texto bem elaborado, alguma coisa que conseguisse demonstrar todo o rancor e mágoa que estão marcados em mim. Mas não consegui colocar em ordem meus pensamentos, seria então impossível tentar colocar tudo em palavras, sairia mais confuso que tudo, talvez até para mim.
Então encerrarei o ano com esse resumo, em curtas palavras, de como foi o meu ano. Não conseguirei passar nem 1% do que senti, mas deixarei gravado aqui de alguma forma, para quando eu ficar lembrando do passado e achando que eu to lembrando as coisas piores do que foram, eu ter uma base pra poder lembrar mais ou menos o quão ruim foi esse ano, e não achar exagero da minha parte, porquê não foi exagero. Isso eu também tenho certeza.
domingo, 19 de maio de 2013

Sellfish silence

É engraçado como algumas pessoas conseguem ser egoístas sem ao menos perceber. A gente tem a horrível mania de sair falando a primeira coisa que nos vem à cabeça sem nunca pararmos para pensar no impacto que aquilo pode causar. Se vai ser bom, se vai ser ruim, se vai ser neutro.
Falamos apenas conscientes de nosso desejo de expor o que está martelando em nossa mente. Querendo apenas nos livrar do que nos atormenta. Falamos como se gritássemos de alguma forma, tudo aquilo que está entalado dentro de nós. E não medimos as consequências. Por que para os seres humanos não existe nada mais importante do que a si mesmo.
Às vezes falamos com receio, às vezes falamos com pressa, às vezes com raiva, com calma, com uma boa intenção. Muitas vezes falamos a primeira coisa que nos vem à cabeça com uma boa intenção. Pode ser a de animar, de confortar, de divertir. Mas mesmo nesses casos tem muitas vezes que o tiro sai pela culatra. E a gente piora o que tentou consertar. E depois, tentando consertar o que deu errado a gente piora ainda mais. Só falamos uma enxurrada de palavras sem razão ou sentido, algumas vezes com razão, mas que são palavras inconcebíveis naquele momento.
Falamos sempre sem pensar nos outros.
Falamos sempre pensando em nós.
E não importa quantas vezes isso dê errado. Não importa o quanto a gente perca com isso. Nós nunca aprendemos a medir as palavras antes de dizê-las. Nunca entendemos o quanto o silêncio pode ser precioso. Exceto em raras exceções quando alguma coisa nos diz que ficar em silêncio é o melhor a fazer. Mas tenho certeza que são raros os casos em que isso acontece em comparação a todo o resto.
Eu sei que o silêncio assusta, ele pode significar tudo, como pode não significar nada. Eu vivo tentando me esquivar dele, porque odeio o constrangimento que ele causa na maioria das vezes, mas tem horas que só ele resolve algo.


-Ok, eu me perdi nas ideias, perdi o foco e o sentido de tudo. Mas eu precisava colocar isso pra fora (Viu só o que eu disse? Talvez eu devesse ter ficado em silêncio e não ter escrito nada disso haha).
sábado, 4 de maio de 2013

Your Miss.

Já não dói mais... Ou me acostumei com a dor a ponto de não percebê-la, ignorando-a. Não me conheço o suficiente pra saber o que estou fazendo, mas está funcionando, é isso que importa.

Eu pensava em você sempre que podia, acabei ligando você ao máximo de coisas possíveis que existiam pra que eu pudesse ter essa sua "presença", pra não te deixar ir, pra poder acreditar que eu te tinha verdadeiramente comigo de alguma forma. E posso confessar que não foi nem um pouco difícil. Você, de alguma forma, tem muito de mim, ou eu tenho muito de você. De uma forma ou de outra, somos parecidos em muitos aspectos. Então foi muito fácil associar sua lembrança às músicas, imagens, filmes, livros, fotos, expressões, palavras, frases, jogos, comidas, sonhos, planos, pensamentos, ideais e medos. Tudo era ligado a você, assim era a tua presença em mim quando não estávamos conversando. Foi essa a forma que encontrei de te manter por perto enquanto eu tentava encontrar uma maneira de te trazer pra mim definitivamente. Mas não encontrei essa maneira, e nenhuma outra. Você foi se distanciando pouco a pouco até chegarmos aqui.

Quando percebi que você estava indo de vez entrei em desespero, queria fazer tudo certo, mas nada com pressa se conclui. E não foi diferente com a gente. Em minha pressa de te trazer pra mim acabei me jogando pra longe também. E lá fiquei por um bom tempo sem saber o que fazer, sabendo que o fim estava próximo ao mesmo tempo em que tentava enxergar uma forma de mudar essa conclusão. ..


Novamente não encontrei nada.


Quando percebi que não tinha mais jeito, que meu sonho já estava esmigalhado por todas as razões e consequências invisíveis às quais não entendemos nunca, me perdi em lamentos novamente. Nada saiu como eu queria, tudo o que planejei foi por água abaixo e eu não consegui entender o porquê. Decidi ao menos tentar dizer o que estava guardando comigo, e o fiz para me libertar de vez sem deixar que você acabasse com tudo. Quis acabar com tudo primeiro, da minha forma, pra tentar facilitar as coisas. Mas você nem me ouviu.

Doeu, por um bom tempo a dor de te perder me consumiu, me tornando incapaz de fazer qualquer coisa. Porém já não dói mais sua perda. Agora só a dor da sua falta me atormenta, mas essa vem só de vez em quando, é potente, mas não dura muito. Essa sim eu sei que vou ter que me acostumar, porquê ela nunca mais vai me abandonar. Vai se tornar a única coisa que restará de ti, de todas as músicas, imagens, filmes, livros, fotos, expressões, palavras, frases, jogos, comidas, sonhos, planos, pensamentos, ideais e medos só vai sobrar a saudade. Essa será a única presença que eu vou manter de você comigo. Afinal, não tenho como apagar por completo algo que lutei por tanto tempo pra manter por perto, não é?...
domingo, 28 de abril de 2013

One year

Quase um ano se passou sem que eu postasse nada, um ano. 365 dias se passaram e eu nem percebi.

A passagem de tempo é a coisa mais relativa que existe, quando não estamos fazendo algo de que gostamos temos a sensação de que o tempo passa devagar, quase parando, dando aquela agonia e ansiedade para que o tempo passe depressa. Agora quando estamos fazendo algo de que gostamos, quando estamos de folga, férias ou o que quer que seja bom, a sensação é de extrema rapidez, como se você pudesse fazer tudo em 1 segundo e quando vê o tempo já passou e você não fez nada. O pior é que, fazendo coisas que gostamos ou desgostamos, rápido ou devagar, o tempo passa. E passa tão rápido que você não se dá conta.

Tanta coisa aconteceu nesse tempo, tanta coisa me incomodou, me chateou, me magoou, me decepcionou, me entristeceu, me deprimiu, me desanimou. Tanta coisa ruim em comparação a poucas coisas boas. Só decepções, com os outros, com a vida, comigo mesmo.


Estava em uma fase de planejamento 1 ano atrás, uma fase de expectativas, Grandes expectativas. E planejamento. Estava colocando em ordem tudo o que queria e estava prestes a fazer algo quando tudo desmoronou. Tudo deu errado. Criei expectativas em outras coisas para caso a minha principal expectativa me decepcionasse. E não é que tudo o que eu criei se foi? E tudo isso em um curto período de tempo, tudo veio ao chão de uma só vez, acabando com tudo o que eu havia imaginado. Mas aos poucos eu fui me levantando. Foi bem devagar, muito devagar eu admito. Porém, eu estava desesperado já, desesperado pra fazer algo certo, pra que algo desse certo. E eu arrisquei, me livrei de um peso que me pressionava a muito tempo. Joguei tudo o que tinha naquele momento, mesmo sendo pouco, mesmo sendo confuso, se foi. E eu criei uma merda de uma expectativa para essa minha atitude também. Uma triste ação, que só culminou em mais uma decepção. Eu já estava esperando por algo ruim, não criei uma boa expectativa para o que fiz, criei uma expectativa ruim. Mas nem minhas expectativas chegaram ao nível da indiferença a qual fui acometido. Esperava tudo, menos o silêncio que se manteve desde então. Aguardei pacientemente por um tempo, e ansiosamente por outro tempo, até que entendi que não adiantava aguardar. Não era o tempo quem me ajudaria a ter a resposta que eu queria. Eu entendi que a resposta não viria, que eu teria que ficar com o silêncio. O silêncio e a indiferença, de mãos dadas comigo. Eles me abraçaram, e estão custando a me largar, mesmo eu me esforçando para isso. Ainda não me caiu a ficha, ainda não entendi o que fiz ou deixei de fazer para terminar assim. Joguei tudo pra fora em busca de me livrar de tudo e seguir em frente, mas esse silêncio não era por mim esperado, e agora me prendeu no mesmo lugar onde estive esse tempo todo: na insegurança.


Preciso sair desse torpor, mas não sei como. Preciso mudar de atitude, mas não sei como. Preciso de um impulso, mas nada me inspira a fazer tal loucura. Preciso de ajuda, mas é extremamente difícil encontrar alguém disposto a ajudar em um caso tão confuso e complicado como o meu. A ajuda pode vir de mim, a solução pode surgir de minhas mãos. Mas para isso eu preciso saber como, ou me lançar novamente no inesperado e torcer para que ele cuide de me colocar no caminho certo. Só que a coragem pra isso ainda não é o suficiente.

E aqui fico eu, perdido em mim mesmo, sem saber pra onde ir, sem saber onde chegar. Preso na insegurança e na rotina vendo o tempo passar.
Até que eu olhe para algo e me assuste com o pensamento que surge em minha mente:

-Mais um ano se foi...

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Julio Barcellos
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