domingo, 19 de maio de 2013

Sellfish silence

É engraçado como algumas pessoas conseguem ser egoístas sem ao menos perceber. A gente tem a horrível mania de sair falando a primeira coisa que nos vem à cabeça sem nunca pararmos para pensar no impacto que aquilo pode causar. Se vai ser bom, se vai ser ruim, se vai ser neutro.
Falamos apenas conscientes de nosso desejo de expor o que está martelando em nossa mente. Querendo apenas nos livrar do que nos atormenta. Falamos como se gritássemos de alguma forma, tudo aquilo que está entalado dentro de nós. E não medimos as consequências. Por que para os seres humanos não existe nada mais importante do que a si mesmo.
Às vezes falamos com receio, às vezes falamos com pressa, às vezes com raiva, com calma, com uma boa intenção. Muitas vezes falamos a primeira coisa que nos vem à cabeça com uma boa intenção. Pode ser a de animar, de confortar, de divertir. Mas mesmo nesses casos tem muitas vezes que o tiro sai pela culatra. E a gente piora o que tentou consertar. E depois, tentando consertar o que deu errado a gente piora ainda mais. Só falamos uma enxurrada de palavras sem razão ou sentido, algumas vezes com razão, mas que são palavras inconcebíveis naquele momento.
Falamos sempre sem pensar nos outros.
Falamos sempre pensando em nós.
E não importa quantas vezes isso dê errado. Não importa o quanto a gente perca com isso. Nós nunca aprendemos a medir as palavras antes de dizê-las. Nunca entendemos o quanto o silêncio pode ser precioso. Exceto em raras exceções quando alguma coisa nos diz que ficar em silêncio é o melhor a fazer. Mas tenho certeza que são raros os casos em que isso acontece em comparação a todo o resto.
Eu sei que o silêncio assusta, ele pode significar tudo, como pode não significar nada. Eu vivo tentando me esquivar dele, porque odeio o constrangimento que ele causa na maioria das vezes, mas tem horas que só ele resolve algo.


-Ok, eu me perdi nas ideias, perdi o foco e o sentido de tudo. Mas eu precisava colocar isso pra fora (Viu só o que eu disse? Talvez eu devesse ter ficado em silêncio e não ter escrito nada disso haha).
sábado, 4 de maio de 2013

Your Miss.

Já não dói mais... Ou me acostumei com a dor a ponto de não percebê-la, ignorando-a. Não me conheço o suficiente pra saber o que estou fazendo, mas está funcionando, é isso que importa.

Eu pensava em você sempre que podia, acabei ligando você ao máximo de coisas possíveis que existiam pra que eu pudesse ter essa sua "presença", pra não te deixar ir, pra poder acreditar que eu te tinha verdadeiramente comigo de alguma forma. E posso confessar que não foi nem um pouco difícil. Você, de alguma forma, tem muito de mim, ou eu tenho muito de você. De uma forma ou de outra, somos parecidos em muitos aspectos. Então foi muito fácil associar sua lembrança às músicas, imagens, filmes, livros, fotos, expressões, palavras, frases, jogos, comidas, sonhos, planos, pensamentos, ideais e medos. Tudo era ligado a você, assim era a tua presença em mim quando não estávamos conversando. Foi essa a forma que encontrei de te manter por perto enquanto eu tentava encontrar uma maneira de te trazer pra mim definitivamente. Mas não encontrei essa maneira, e nenhuma outra. Você foi se distanciando pouco a pouco até chegarmos aqui.

Quando percebi que você estava indo de vez entrei em desespero, queria fazer tudo certo, mas nada com pressa se conclui. E não foi diferente com a gente. Em minha pressa de te trazer pra mim acabei me jogando pra longe também. E lá fiquei por um bom tempo sem saber o que fazer, sabendo que o fim estava próximo ao mesmo tempo em que tentava enxergar uma forma de mudar essa conclusão. ..


Novamente não encontrei nada.


Quando percebi que não tinha mais jeito, que meu sonho já estava esmigalhado por todas as razões e consequências invisíveis às quais não entendemos nunca, me perdi em lamentos novamente. Nada saiu como eu queria, tudo o que planejei foi por água abaixo e eu não consegui entender o porquê. Decidi ao menos tentar dizer o que estava guardando comigo, e o fiz para me libertar de vez sem deixar que você acabasse com tudo. Quis acabar com tudo primeiro, da minha forma, pra tentar facilitar as coisas. Mas você nem me ouviu.

Doeu, por um bom tempo a dor de te perder me consumiu, me tornando incapaz de fazer qualquer coisa. Porém já não dói mais sua perda. Agora só a dor da sua falta me atormenta, mas essa vem só de vez em quando, é potente, mas não dura muito. Essa sim eu sei que vou ter que me acostumar, porquê ela nunca mais vai me abandonar. Vai se tornar a única coisa que restará de ti, de todas as músicas, imagens, filmes, livros, fotos, expressões, palavras, frases, jogos, comidas, sonhos, planos, pensamentos, ideais e medos só vai sobrar a saudade. Essa será a única presença que eu vou manter de você comigo. Afinal, não tenho como apagar por completo algo que lutei por tanto tempo pra manter por perto, não é?...

Quem Sou Eu

Julio Barcellos
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