domingo, 28 de abril de 2013

One year

Quase um ano se passou sem que eu postasse nada, um ano. 365 dias se passaram e eu nem percebi.

A passagem de tempo é a coisa mais relativa que existe, quando não estamos fazendo algo de que gostamos temos a sensação de que o tempo passa devagar, quase parando, dando aquela agonia e ansiedade para que o tempo passe depressa. Agora quando estamos fazendo algo de que gostamos, quando estamos de folga, férias ou o que quer que seja bom, a sensação é de extrema rapidez, como se você pudesse fazer tudo em 1 segundo e quando vê o tempo já passou e você não fez nada. O pior é que, fazendo coisas que gostamos ou desgostamos, rápido ou devagar, o tempo passa. E passa tão rápido que você não se dá conta.

Tanta coisa aconteceu nesse tempo, tanta coisa me incomodou, me chateou, me magoou, me decepcionou, me entristeceu, me deprimiu, me desanimou. Tanta coisa ruim em comparação a poucas coisas boas. Só decepções, com os outros, com a vida, comigo mesmo.


Estava em uma fase de planejamento 1 ano atrás, uma fase de expectativas, Grandes expectativas. E planejamento. Estava colocando em ordem tudo o que queria e estava prestes a fazer algo quando tudo desmoronou. Tudo deu errado. Criei expectativas em outras coisas para caso a minha principal expectativa me decepcionasse. E não é que tudo o que eu criei se foi? E tudo isso em um curto período de tempo, tudo veio ao chão de uma só vez, acabando com tudo o que eu havia imaginado. Mas aos poucos eu fui me levantando. Foi bem devagar, muito devagar eu admito. Porém, eu estava desesperado já, desesperado pra fazer algo certo, pra que algo desse certo. E eu arrisquei, me livrei de um peso que me pressionava a muito tempo. Joguei tudo o que tinha naquele momento, mesmo sendo pouco, mesmo sendo confuso, se foi. E eu criei uma merda de uma expectativa para essa minha atitude também. Uma triste ação, que só culminou em mais uma decepção. Eu já estava esperando por algo ruim, não criei uma boa expectativa para o que fiz, criei uma expectativa ruim. Mas nem minhas expectativas chegaram ao nível da indiferença a qual fui acometido. Esperava tudo, menos o silêncio que se manteve desde então. Aguardei pacientemente por um tempo, e ansiosamente por outro tempo, até que entendi que não adiantava aguardar. Não era o tempo quem me ajudaria a ter a resposta que eu queria. Eu entendi que a resposta não viria, que eu teria que ficar com o silêncio. O silêncio e a indiferença, de mãos dadas comigo. Eles me abraçaram, e estão custando a me largar, mesmo eu me esforçando para isso. Ainda não me caiu a ficha, ainda não entendi o que fiz ou deixei de fazer para terminar assim. Joguei tudo pra fora em busca de me livrar de tudo e seguir em frente, mas esse silêncio não era por mim esperado, e agora me prendeu no mesmo lugar onde estive esse tempo todo: na insegurança.


Preciso sair desse torpor, mas não sei como. Preciso mudar de atitude, mas não sei como. Preciso de um impulso, mas nada me inspira a fazer tal loucura. Preciso de ajuda, mas é extremamente difícil encontrar alguém disposto a ajudar em um caso tão confuso e complicado como o meu. A ajuda pode vir de mim, a solução pode surgir de minhas mãos. Mas para isso eu preciso saber como, ou me lançar novamente no inesperado e torcer para que ele cuide de me colocar no caminho certo. Só que a coragem pra isso ainda não é o suficiente.

E aqui fico eu, perdido em mim mesmo, sem saber pra onde ir, sem saber onde chegar. Preso na insegurança e na rotina vendo o tempo passar.
Até que eu olhe para algo e me assuste com o pensamento que surge em minha mente:

-Mais um ano se foi...

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Julio Barcellos
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